segunda-feira, 9 de julho de 2012

Recuperar a dimensão cidadã dos partidos

A chave do sucesso da nossa democracia e de Portugal está na capacidade de dotarmos os nossos principais partidos de uma imensa maioria de cidadãos-filiados (com vida e profissão cá fora) que intervenha, peça contas e vote nas eleições internas partidárias, passando a ser quem verdadeiramente escolhe os dirigentes, candidatos e lideranças partidárias (candidatos a primeiro ministro), de uma forma livre, democrática e transparente. 


Trata-se de recuperar a dimensão cidadã dos partidos que nos representam, há muito ausente.


Enquanto não o fizermos, os "Miguel Relvas" deste país é que vão mandar nos partidos, na política e no nosso futuro, apesar de não terem qualquer apoio ou reconhecimento entre a esmagadora maioria dos cidadãos, muito pelo contrário. 


Em suma, é responsabilidade exclusiva dos cidadãos recuperar os partidos para os cidadãos.

Um comentário:

  1. Estou a dar uma vista de olhos ao seu blog pela primeira vez. O que salta mais a vida, sem duvida, e' o seu "fascinio" pela democracia (ate escreve sempre democracia com um "D" maiusculo, tal como escreveria "Deus" com o mesmo "D" maiusculo. Tal como muitos, voce reconhece que a democracia tem problemas, esta longe de ser "perfeita" tal como voce aspira que seja. Como resolver os problemas da democracia? A resposta e' muito comum: "precisamos de MAIS democracia".
    Na realidade a democracia nao passa de mais uma forma de colectivismo, nao muito diferente de todas as outras. Assenta na ideia que nos todos, em conjunto, temos de decidir TUDO o tem a ver com a sociedade: Com que idade podemos beber alcool, quem pode ter determinada profissao, o que se aprende na escola, o que eu posso construir na minha propriedade, com quantas pessoas eu posso casar-me ao mesmo tempo, a que cuidados de saude eu posso ter acesso, etc. A democracia nao e' mais nada do que uma DITADURA DA MAIORIA. O que a maioria achar apropriado, a minoria tem de acatar. Se a maioria achar que se deve construir um estadio de futebol, por exemplo, a minoria e' forcada a pagar por ele, mesmo que nao queira o estadio para nada.
    De alguma forma, acha-se que o que a maioria decide ou acha moral ou justo, entao e' porque e' moral ou justo. Nao e' assim, de todo.
    Como muitos, o Joao Nogueira dos Santo ve a democracia como um "deus" e o estado como seu profeta.
    Acho graca ao lema do seu blog: ""A penalização por não participares na política, é acabares por ser governado pelos teus inferiores."
    Eu mudava esta frase: "A unica coisa que a democracia e' capaz de te oferecer e' seres governado pelos teus inferiores". Sim, porque em primeiro lugar, nao me considero inferior nem superior a ninguem, portanto nunca poderei ser governado por alguem "superior" e em segundo, a vida politica so realmente atrai escumalha. Nenhum individuo deveria ter vontade nem ambicao de governar o seu semelhante.
    Para finalizar, deixo-lhe um artigo entitulado "a falsa promessa da democracia", caso queria le-lo. Cumprimentos!

    http://mises.org.br/Article.aspx?id=1345&comments=true

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