sábado, 15 de outubro de 2011

O erro essencial da manifestação de 15 de Outubro

As razões de fundo da manifestação de hoje são justas e certas.
  • Pela Democracia participativa.
  • Pela transparência nas decisões políticas.
  • Pelo fim da precariedade de vida.
A política em Portugal e a nível global, tem vindo a perder participação dos cidadãos, transparência e parece mais interessada em servir a sua classe, os credores e os grandes interesses financeiros e económicos, do que interessada em servir os cidadãos. 


Em Portugal, a política tornou Portugal um dos países mais desiguais da OCDE (tendo sido governando em Democracia sempre por partidos Socialistas e Sociais Democratas) e conduziu o país a uma bancarrota  que nos próximos anos os cidadãos vão pagar com empobrecimento e desemprego.


Há no entanto um erro essencial na identificação do "mal" que tem tornado a política cada vez menos capaz de servir os cidadãos. É que esse "mal" tem origem no afastamento dos cidadãos dos partidos e do exercício de uma cidadania activa e escrutinadora dentro dos partidos.


Preferimos todos ser "apartidários" "independentes" e participar em manifs que passam na TV  Aceitamos sem pestejenar a ideia que os partidos são o "mal" e portanto, quanto mais longe deles, quanto mais independentes e apartidários, melhores cidadãos somos.
Só que a Democracia é um regime que tem na sua base os partidos (não há nenhuma democracia sem partidos) e é lá que se escolhem os dirigentes, representantes e lideranças que podem mudar a política, ou não.


Enquanto os cidadãos não exercerem uma cidadania escrutinadora e activa dentro dos partidos e lá dentro defenderem activamente a mudança que desejam, os seus políticos e as suas políticas continuarão obviamente a "ignora-los", e aqueles políticos que estão do lado dos cidadãos e da mudança, continuarão sem peso ou força dentro dos seus partidos, logo, incapazes de implementar as mudanças que os cidadãos desejam.


É assim que a Democracia funciona, para o bem e para o mal. Os cidadãos não têm cumprido o seu papel, e hoje pagam as consequências dessa falha.  Está na altura de mudarem de atitude ou são necessárias ainda mais evidencias?


JNS



domingo, 2 de outubro de 2011

TEDx Edges na Fundação Champalimaud Champalimaud Center For The Unknown

Um dia inesquecível ontem, no TEDx Edges na Fundação Champalimaud Champalimaud Center For The Unknown.  Mais de 24 Talks,  uma audiencia de mais de 450 pessoas, grande buzz on-line, e uma organização "world class", 100% de voluntários, inspirada pelo André Marquet e uma equipa incansável. Esperem pelos videos para ver o que estou a dizer.

Com o talk "O equívoco da cidadania", a ideia de que a cidadania tem de passar pela filiação, intervenção e voto dentro dos partidos, chegou a muito mais pessoas, muitas das quais estive a falar nos intervalos e jantar.

Acho que temos mais gente que quer levar esta causa para a frente, e que está farta do discurso estafado "anti-partidos".  Mãos à obra. Mais novidades brevemente.

Nota: o resumo do meu talk num magnifico desenho do Daniel e Carla, um casal inspiradíssimo de designers.