domingo, 26 de junho de 2011

O grande risco das primárias partidárias: a ausência de participação dos cidadãos

Finalmente entrou na agenda política, a forma como os partidos elegem os seus candidatos, sejam a primeiro ministro, deputados ou presidentes de câmara.

As propostas apresentadas por Francisco Assis e a António José Seguro nas suas moções de candidatura a secretário geral do PS, abrem espaço para uma “revolução” no funcionamento do partido, com o alargamento aos militantes e até cidadãos (proposta de Francisco Assis) a capacidade de escolha dos candidatos do partido (a deputados, a presidentes de câmara, líder do partido e candidato a primeiro ministro) através de eleições primárias, replicando o modelo de eleição norte americano.

No entanto, estas propostas encerram um enorme risco: se os cidadãos continuam a demitir-se de filiarem-se ou registarem-se para participar nestas eleições, o PS continuará a não ter massa critica suficiente de votantes nas suas eleições internas, o que faz com que as eleições dos candidatos, fiquem à mercé de “esquemas” de “registo massivo” de cidadãos pagamento de quotas, compra de votos etc... que hoje demasiadas vezes dominam as eleições para os cargos de direcção partidária.

Tal significaria que, a um candidato menos escrupuloso, bastaria registar ou filiar algumas centenas de cidadãos no partido para votar nele nas primárias, para por exemplo, ser o candidato a uma Câmara ou a Deputado. Uma total deturpação dos pricipios da democracia: neste modelo, ganha quem mais aldabrice faz.

“Quero criar um sistema que enfraqueça ao máximo os sindicatos de voto, que são uma doença em todos os partidos” Francisco Assis

Estas propostas vão no sentido certo, mas a prioridade do PS, e de qualquer partido que queira verdadeiramente abrir-se à sociedade e aprofundar a sua democracia interna, deverá ser aumentar drasticamente o número de cidadãos com vida de profissão fora da política a participar nas eleições internas do partido, como filiados ou registados, para que sejam a imensa maioria de eleitores dentro dos partidos, não os sidicatos de votos.

A democracia partidária só funciona bem quando houver uma massa critica de cidadãos esclarecidos e informados, maioritariamente com vida e profissão fora da política, que vote nas eleições partidárias, de acordo com a sua consciência em quem considera o melhor dirigente, o melhor candidato, o melhor líder.

A “revolução” democrática dos partidos e a sua abertura sociedade, passa também pela mudança de atitude dos cidadãos e o darem um passo em frente para uma participação esclarecida nas eleições partidárias do partido em que normalmente votam, do que qualquer mudança de estatutos dos partidos. Essa mudança de atitude, deve partir muito mais de uma consciencialização da responsabilidade dos cidadãos, do que, em acções de marketing dos partidos.

Em Democracia, a responsabilidade pela qualidade dos partidos e dos seus políticos, é dos cidadãos. Os partidos precisam dos cidadãos, e devem faciliar e convidar à sua participação.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Escrutinio jornalistico

Os cidadãos que se interessam por política precisam para fazer as suas escolhas, de um jornalismo mais escrutinador das ideias, programas, percurso político e consistência política dos candidatos, e menos, de um jornalismo que faça a escolha pelos cidadãos.

Também precisamos que o jornalismo político se interesse a sério pelas eleições internas partidárias, onde se escolhem os lideres e dirigentes dos nossos partidos. O escrutinio jornalistico e da opinião pública, é fundamental que chegue às eleições internas dos partidos, para que haja uma maior transparencia, qualidade e conhecimento nas escolhas dos partidos

A democracia agradece.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

As eleições mais importantes do nosso país dos próximos 4 anos

As eleições mais importantes do nosso país dos próximos 4 anos vão ser as eleições para Secretário-geral do PS.

É pena que apenas umas poucas dezenas de milhares de portugueses vão participar e votar nestas eleições (apenas quem está filiado no PS).

Centenas de milhares de cidadãos que votam PS, que têm vida e profissão fora da política mas que não estão menos esclarecidos e informados sobre o que pode ser o melhor para o PS e para o país, não vão votar porque não estão filiados no PS.

Estas centenas de milhares de cidadãos poderiam contribuir decisivamente com a sua participação e voto, para que o PS tivesse umas eleições internas mais participadas, mais representativas, menos dependente do peso do “aparelho”, e consequentemente, capaz de gerar uma escolha para a liderança mais escrutinada, democrática e representativa.

Caros cidadãos que votam PS: a democracia e o país precisam "urgentemente" que um grande número de vós se filie no PS nos próximos tempos, para que estas sejam as últimas eleições internas do partido sem uma participação massiva de cidadãos.


PS- podem partilhar esta nota por todos os vossos amigos que votam PS mas que ainda não estão filiados.

domingo, 5 de junho de 2011

Sobre a mudança que o país precisa

"Os portugueses têm sido incorrigíveis (...) A mudança que tem de haver em Portugal tem de vir de baixo para cima, tem de ser ao contrário do que tem sido até agora. Os portugueses estão sempre à espera que caia tudo o que é bom de cima para baixo. Os portugueses têm de deixar de esperar pela mudança, têm de ser eles a mudar"


Entrevista a Barry Hatton no Publico, autor Inglês do livro "Os Portugueses" que será brevemente editado em Portugal

Intervir e votar dentro dos partidos, é uma das mudanças que os portugueses têm de fazer, em especial, todos aqueles que tiveram o privilégio de estudar, manterem-se informados e de ter uma profissão que lhes permite ter liberdade para votar nas eleições internas e intervir dentro de um partido. A mudança que Portugal precisa depende dos cidadãos.