terça-feira, 29 de março de 2011

Nós convidamos, eles responderam sim e falaram de política e democracia

Numa co-organização com o Ignite Portugal, desafiamos os nossos partidos a virem ao 10º Ignite Portugal  (que se realizou a 12 de Fevereiro no Lx Factory) e  falar sobre Democracia e política perante uma audiência de mais de 300 pessoas.
Nós desafiamo-los e eles compareceram e surpreenderam.
Paulo Portas (CDS-PP), Carlos Sá Carneiro (PSD), Catarina Martins (BE), Celso Guedes de Carvalho (PS) arriscaram e em 5 minutos e 20 slides, explicaram a sua visão da Democracia e do seu partido.

Vejam como a política pode ser diferente e estimulante.
Um grande obrigado ao Miguel Muñoz (fundador e organizador do Ignite Portugal) que apoiou incondicionalmente a ideia de levar os partidos/políticos ao Ignite Portugal e aos nossos 4 políticos que se estrearam nesta prova.  Uma palavra especial a Paulo Portas, o primeiro líder partidário a vir a um Ignite Portugal falar descomplexadamente perante uma plateia Ingite Portugal. Esperamos que outros líderes o sigam.
Vejam os vídeos e deixem os vossos comentários.




quarta-feira, 23 de março de 2011

"Movimentos vs Partidos" Apresentação no 10º Ignite Portugal

‎"Movimentos vs Partidos" a minha primeira tentativa para explicar o que está mal e o que tem de mudar na ideia e na relação dos Movimentos com os Partidos. As mudanças que desejamos na política passam muito por remover essa barreira que os separam, e no essencial, só depende de nós.

domingo, 20 de março de 2011

Ideia apresentada no Movimento Milénio (Expresso)

Foi submetida uma ideia Movimento Milénio, uma iniciativa do Expresso para descobrir ideias que possam melhorar Portugal. 

Trata-se de lançar uma grande campanha nacional de promoção da filiação partidária, para que os cidadãos com profissão fora da política votem dentro dos partidos, e assim, contribuam para a sua renovação e qualificação, elegendo melhores lideranças e dirigentes. 

O racional desta ideia é claro: é fundamental que os cidadãos constituam uma imensa maioria de votantes nas eleições internas nos principais partidos, para que assim, possam também escolher que dirigentes e lideranças querem ter, abrindo espaço a uma renovação e qualificação dos partidos. 

Os partidos precisam de ter uma base de militantes alargada e constituída maioritariamente por cidadãos com vida e profissão fora da política. É pois responsabilidade destes cidadãos, da sociedade civil, assim o garantir.


Vejam o video 2m, votem e divulguem aqui: 


terça-feira, 15 de março de 2011

Depois do 12 de Março

Vale a pena ler o excepcional artigo de opinião de Pedro Lomba no Público de hoje. Na mouche. Leitura obrigatória para quem quer melhorar a política em Portugal.

“(…) importa dizer aos descontentes de 12 de Março (…) não podem virar as costas aos partidos; pelo contrário, têm de “invadir” os partidos para os mudar por dentro. (…)
Por isso não sejam “parvos” e inocentes. Se estão insatisfeitos com o leque de escolhas que periodicamente nos são oferecidas, filiem-se nos partidos. Militem.
Nos partidos manda quem lá está e quem lá está tem feito o que lhe apetece. Este défice democrático precisa de acaba”

Complemento com a seguinte ideia.  Já há muitos e muitos cidadãos filiados nos partidos que querem mudança, mas precisam de ser muitos mais para poderem eleger novas lideranças, com novas políticas e uma nova forma de estar na vida política.

Barack Obama foi eleito nos EUA porque 12% da população norte americana votou massivamente nas eleições internas do partido democrata, e disseram “queremos que este seja o nosso candidato” contra tudo e todos.

Precisamos que os nosso principais partidos, tenham nas suas eleições internas uma participação da população não de 20 mil  (PS) ou 40 mil (PSD) militantes, mas sim de centenas de milhares de cidadãos-militantes com vida e profissão fora da política.

É fundamental que a visão cidadã seja a dominante nos nossos principais partidos. E essa, é uma tarefa que cabe a nós cumprir.

domingo, 13 de março de 2011

Se querem que os políticos defendam as vossas causas, assegurem-se que a sua eleição depende também do vosso voto

Partilho nesta nota, a carta que enviei aos organizadores da manifestão "geração à rasca" e que também publiquei na página oficial da mesma no Facebook: http://on.fb.me/f40fFc 

O vosso protesto é muito relevante e oportuno e o texto do manifesto um excepcional contributo para o debate e para melhoria da nossa democracia (acho que ficará para a história, com um dos melhores manifestos de cidadãos da nossa Democracia).

O meu contributo para este debate.

Vive-se em Portugal uma situação de “apartheid laboral” onde uma parte da população tem os direitos de um estado civilizado, e outra, cada vez maior, não tem direitos básicos, como por exemplo, o de serem trabalhadores com contrato com a empresa para quem trabalham (têm de ser recibos verdes ou outsourcers).

Este “apartheid laboral”, não tem origem nos problemas económicos do nosso país, mas sim, nas múltiplas decisões políticas que determinam o funcionamento das relações laborais.

Mas em democracia, não basta aos cidadãos manifestar e chamar a atenção para mudar as coisas. É fundamental que os cidadãos tenham peso político, isto é, capacidade de eleger e influenciar os decisores políticos sensíveis aos seus problemas. E esta é a nossa grande fraqueza como cidadãos.

Nos EUA, uma organização chamada “Rock the vote. Building political power to the young generation” anda há mais de 20 anos a incentivar os jovens a acompanhar a política e a votarem nas eleições partidárias e nacionais. O argumento é poderoso: “se querem que os políticos defendam as vossas causas, assegurem-se que a sua eleição depende também do vosso voto”. Hoje nos EUA, 18% da população, com um grande peso dos jovens, vota nas eleições internas dos seus principais partidos, quando em Portugal apenas 0,65% …

Notem bem, em Portugal os políticos são escolhidos dentro dos partidos, nas suas eleições internas. E eles defendem o que o partido (maioria dos militantes) pede para defenderem. O grande problema da enorme massa de portugueses “precários”, é que não vota, não influencia, não tem qualquer peso dentro dos partidos, ao contrário de outros grupos de portugueses (como os funcionários públicos). E isso faz toda a diferença!

Como seriam diferentes as prioridades políticas do governo e oposição, se a geração de “precários” tivesse representada nos nossos principais partidos, na mesma proporção que tem na população activa. A responsabilidade por mudar este estado da coisas, passa exclusivamente por uma mudança de atitude deste enorme numero de cidadãos face à política e participação nos partidos

Que esta manifestação, seja também uma oportunidade de reflexão sobre este tema.

Deixo-vos dois vídeos sobre este tema:
Campanha Rock the vote: http://bit.ly/csOAcY
Apresentação que realizei noTEDx sobre este tema: http://bit.ly/d2tj52

João Nogueira dos Santos
Fundador do movimento "Adere, vota e intervém num partido. Cidadania para a mudança"
http://bit.ly/f8sP5D