quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Mais e melhor democracia interna precisa-se

Revela insuficiente cultura democrática interna nos nossos principais partidos, e do PS neste caso , quando em ano de congresso e eleições diretas no PS se faça tanto apelo a "unidade" e "união", isto é, que não haja mais do que uma moção e  candidato  que os militantes possam debater, comparar e escolher. 


Devia-se fazer apelo a precisamente o contrário: muitas moções alternativas, candidatos e debate esclarecedor.

A vida partidária interna sem alternativas, sem debate dessas alternativas e eleições de único candidato, é uma negação dos valores democráticos. Não há crise, autárquicas ou valores mais elevados, que possam suspender a democracia.

Na gênese deste movimento, está precisamente o insuflar os nossos principais partidos de mais cidadãos-filiados, mais alternativas para os cargos dirigentes, mais debate, mais escrutínio, condição fundamental para qualificar os nossos principais partidos e a nossa democracia.




segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Onde está a vontade da geração dos trintas de hoje?

A leitura do livro "Revolução e o Nascimento do PSD" de Marcelo Rebelo de Sousa, permite-nos  perceber que foi a geração dos trintas (Sá Carneiro e Pinto Balsemão e Magalhães Mota tinha todos 30 e picos) que fundou o PSD. Uma geração desligada do poder anterior, mas desde há muito inconformada com uma ditadura em definhamento. 

O contraste com os nossos dias tem de ser feito. Temos um país e uma democracia em definhamento. Temos uma geração nos trintas e quarentas desligada do poder político instalado, mas desde há muito inconformada com o marcar passo do país.... 

Mas onde está a vontade desta geração em "chegar-se à frente" para promover, apoiar e liderar as mudanças que tanto a nossa democracia precisa, seja dentro dos atuais partidos ou em novos partidos? Sem renovação das bases e protagonistas políticos, não há mudança.

A nossa democracia implementou-se com a vontade e ação de uma geração de cidadãos. Quatro décadas depois, só se aperfeiçoará com a vontade e ação de uma renovada geração de cidadãos. É preciso mais evidencias?