terça-feira, 19 de junho de 2012

Renovação dos partidos ou sua substituição?

Partilho aqui uma excelente troca de argumentos no nosso grupo do Facebook sobre renovação dos actuais partidos vs alargamento da possibilidade de candidaturas a movimentos. https://www.facebook.com/#!/groups/aderevotaintervem/permalink/10150946768388818/

Pedro Pereira Neto
Para mim, o problema não é tanto o do elenco de militantes actual dos partidos (que seria potencialmente resolvido pela renovação, por via da adesão cívica que sugeres), mas sim o da própria natureza institucional dos partidos, mais voltados para a autopreservação que para a hetero-representação. Defendo mais depressa a ampliação das candidaturas, para incluir todas as associações e projectos que...

João Nogueira Santos
Os partidos precisam de concorrencia externa e interna para se mudarem. Provavelmente pode ser mais fácil mudar a partir de fora, mas observo com pena que os principais movimentos e iniciativas da sodiedadee civil, têm se auto excluido de maiores ambições, com honrosas excepçoes. Notem bem, é provavelmente mais fácil criar um partido do que lançar uma candidatura à liderança de um PS ou PSD por exemplo. O mais importante, é que partidos ou movimentos, não sejam um projecto de uns poucos, sem qualquer escrutinio interno ou sem vida interna democratica Partidos ou movimentos assim, servem mal democracia, pois caem nas mesmas falhas que os actuais.

Matthieu Rego
Os movimentos Cívicos são feitos pela mesma carne que compõe os partidos. Não há atividade humana que possa escapar as imperfeições inerentes da nossa condição pelo que os movimentos cívicos não podem nem nunca poderão beneficiar de um critério qualitativo A priori. A gestão interna dos partidos varia pelo que a composição de um novo partido com novas regras de gestão interna é perfeitamente possível. Mudar um movimento cívico para partido não implica rigorosamente nada senão a mudança de estatuto pelo que não pode ser feito uma comparação qualitativa entre as duas estruturas. O que muda realmente é a multiplicação das problemáticas pois de um movimento constituído em torno de um só tópico torna-se necessário ter uma resposta a todas as componentes da sociedade, da economia e da cultura e por outro lado a necessidade de apresentar candidatos políticos para determinadas funções. Portanto penso que há aqui um problema em que o preconceito colide com a racionalidade. Sou absolutamente incapaz de entender como um “movimento cívico” pode considerar-se melhor do que um “partido”.

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